terça-feira, 26 de agosto de 2008

E é assim...


... que me sinto de há uns dias para cá cada vez que venho trabalhar!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Uma Aventura...

... em Israel!

E tudo começou com um "sim" por impulso: vamos a Israel! Bolas e companhia? A Mãe até queria, mas sem o Pai nem pensar; a Mana gostava, mas as datas dos exames não estavam a ajudar... Não é um destino que qualquer pessoa aceite... Será que a Sara tá interessada? Lá veio o problema das férias... A hora da confirmação aproximou-se e, de repente, éramos 4 moçoilas: Lili, Ana, Sara e Sarita!!!

Lá fomos nós, todas contentes, com uma simpática Família dos 18 aos 80. A aventura prometia ser interesante. E assim foi: saída da Ramada no dia 24 de Julho (nunca me tinham cantado os parabéns tantas vezes nem tinha tido um dia tão viajado...) e chegada a Tel - Aviv dia 25 de Julho por volta das 6h da manhã. Estava já a essa hora um calor aflitivo e mesmo depois de uma noite mal dormida (mas quem consegue dormir num avião em que nem as pernas se conseguem esticar?!?), ala que aí vamos nós à descoberta de Israel :) Felizmente ainda deu para molhar o pezinho (ops... e as calças) no Mar Mediterrâneo e que bem que soube aquela água morninha!

No Monte Carmelo consegue-se ter uma vista fantástica sobre a Cidade de Haifa, que nada tem a ver com o cenário a que nos habituamos ao ligar a televisão e ver o noticiário da TVI! A segurança é muita (e isso bem que deu para perceber ao longo dos 8 dias de visita...). A língua revelou-se logo muito "facil" em termos de comunicação, isto porque parece que todos arranham, pelo menos, um pouco de espanhol; agora quanto à leitura... ui, aí que a coisa foi gira: num simples carro da Policia, não fossem as tipicas sirenes, como saberiamos quem eram os senhores? E nas placas de rua, como saber se as casas estavam à venda ou apenas para alugar? Missão complicada, mas aprendemos algumas coisas...

O Mar Morto esperava por nós e a vontade era tanta que depois acabou por ficar um pequeno cheirinho a desilusão: o calor é mais do que muito (a temperatura junto à água pode rondar cerca de 40ºC); a areia queima que é uma coisa parva (abençoados sapatinhos de andar na água eu levei!); o piso é gelatinoso e tem imensas covas, o que leva o menino que lá controla as pessoas a mandar sentar e ora aí está uma tarefa complicada: sentar dentro de água! Desengane-se quem acha tarefa fácil... Bom bom foi mesmo sair daquela água escura e barrar o corpinho com a bela da argila!

Seguimos viagem para Jerusalém e fomos levados ao Monte Scopus, onde a vista para a cidade é espectacular... Muito para ver, muito para aprender e muito para recordar fica para além daquelas muralhas... É também um pouco mais a partir desta altura que os "laços familiares" se começam a desenvolver e que eu dou Graças a Deus por ter embarcado nesta Peregrinação à Terra Santa!

Uma vez em Jerusalém, é chegado o dia de ir a Belém. Belém fica na Palestina e logo aí parece que a tensão aumenta... A pressão e os avisos para que ninguém se esqueça do Passaporte, as chamadas de atenção para que a Família se mantenha unida, enfim... Chegamos à fronteira (já sem o Jorge, que neste dia não nos acompanha), que é como quem diz ao Muro que separa Israel da Palestina (coisa triste de se ver) e toca a trocar de autocarro e de motorista: o "Number One" fica em Israel e lá vamos nós direitinhos ao restaurante. Saída do restaurante e filinha até... uma loja com td o que são "recuerdos". Esta é uma das partes estranhas... entra a Família na loja e eis que as portas se trancam e somos rodeados de empregados, todos muito solícitos. Desconhecia esta "visita" e portanto o espanto foi muito e a vontade de comprar muito pouca! Somos finalmente levados para a o local onde nasceu o Menino Jesus (mais uma Igreja construída lá em cima!), onde foi celabrada a Eucaristia.
Depois dos dias cansativos e dos almoços que, a meu ver, não eram nada de especial, apetecia alguma extravagência e o que vale é que no último andar do nosso hotel havia uma espécie de Centro Comercial onde tudo se podia comprar: neste dia o menu era composto por:
1. A bela da cervejola
2. Snacks da Matutano (quanto não vale saber ler hebraico...)
3. Pringles
4. Gomas docinhas
5. Chocolatinho (provavelmente Milka)
Aqui a sarita tinha ido ao quarto e eu estava a tirar a foto, claro!

Havia dias em que o pequeno almoço sabia bem, aliás, muito bem: quando havia queques! Que acompanhavam com melancia, que provavelmente é a fruta da época... Ainda tenho que ajustar contas com quem me disse que ao pequeno-almoço havia muita frutinha...
O fim começou a aproximar-se e parecia que ainda havia tanto para ver... Queriamos ter ido visitar a Igreja das Nações (a da Cúpula Dourada, que se vê na foto de Jerusalém) mas não foi possível; queriamos ter feito mais compras para trazer recordações para Portugal, mas não houve tempo e tantas outras coisas... Cheguei à conclusão de que o mais importante é o que fica registado na memória e no coração! Após a correria do dia, ainda conseguimos arranjar tempo para descobrir "Monte Gordo", "Albufeira" e assistir a um espectáculo de dança. Para quem não acredita, aqui fica uma prova em como também eu subi ao palco e tentei aprender alguns passinhos das danças tradicionais Israelitas!
Principais pontos a reter:
1. Não se trata de um destino de ferias comum nem de simples passeio;
2. Não representa o quadro de destruição e guerra que as televisões pintam diariamente;
3. Intimida ver a cada passo alguém com uma arma pendurada ao ombro;
4. A comida é má (viva o bacalhau com natas e os bifes com batatas fritas!);
5. Os Judeus Ortodoxos são estranhos, muito estranhos;
6. Há locais de culto demasiado "comerciais e turísticos", o que é pena.
Este ano troquei as tão desejadas férias na praia pela Peregrinação à Terra Santa. Podia não ter corrido bem, mas devo dizer que foi uma das melhores "viagens de ferias" que já tive. Recomendo a todos aqueles que, como eu e a Família com quem fui, pretendem uma viagem espiritual.
Fica a vontade de voltar um dia mais tarde e o desejo de levar a Mãe comigo!