A cimeira da NATO terminou no sábado e hoje ainda não chegou a maioria do material comprado pela PSP, com carácter de urgência, para garantir a segurança no evento.
Só “o material de ordem pública e de segurança electrónica” foi entregue, disse ao “Diário de Notícias” Paulo Flor, porta-voz oficial da PSP.
Mas não chegou a tempo o material orçado em 4,5 milhões de euros, do total de cinco milhões de euros da despesa prevista. Nomeadamente blindados, 45 viaturas antimotim, viaturas destinadas a transporte de detidos, um canhão de água, uma viatura pesada e seis ligeiras para remoção de obstáculos, pormenoriza o jornal.
Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), disse que "se [o material] chegou, não foi utilizado, nem os polícias que estiveram na operação da cimeira se aperceberam de que tenha chegado”, citou o DN.
O PCP, na voz do deputado António Filipe, defende que a compra “deve ser anulada” porque “não é certamente uma prioridade para a PSP”. Além disso, "trata-se de material puramente repressivo a ser utilizado essencialmente pela Unidade Especial de Polícia, quando há esquadras a cair e carros-patrulha parados por falta de manutenção”, acrescentou.
Mas há mais partidos da oposição descontentes. O Governo "não acautelou a tempo os meios necessários, não verificou se existiam esses meios noutras forças de segurança e, como resultado, acabou por expor irresponsavelmente uma força de segurança", disse o deputado social-democrata Fernando Negrão, criticando ainda a "forma atabalhoada e inábil" como Governo conduziu este processo.
Também Nuno Magalhães, do CDS-PP, considera que “nada desta trapalhada teria acontecido se fosse feito um planeamento consistente e sério do investimento nas forças de segurança, através do qual estas necessidades já poderiam ter sido colmatadas”.
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