quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bruce Springsteen - 60º Aniversário

Um dos maiores símbolos dos Estados Unidos, Bruce Springsteen completou hoje 60 anos de idade, a meio da tourné do seu último disco, "Working on a Dream", onde reúne ilusões e esperanças para seu país após ter sido um dos mais veementes opositores do ex-presidente George W. Bush.

Com milhões de fãs em todo o mundo, "The Boss" - a alcunha de Springsteen - parece estar mais na moda do que nunca. Ao que parece, ser o autor de um dos álbuns mais vendidos da história ("Born in the USA", de 1984) ou o vencedor de um Óscar de Melhor Canção Original ("Streets of Philadelphia", 1993) não é suficiente.

Depois de canalizar as emoções pós-11 de setembro de 2001 numa poesia cheia de optimismo e espiritualidade ("The Rising", 2002), Springsteen fez nos últimos meses campanha a favor de Barack Obama e participou no concerto em Washington antes da posse deste como presidente dos EUA.

O músico também tocou para quase 100 milhões de espectadores em Fevereiro no intervalo do último Super Bowl, a grande final do futebol americano.

A sua actual tourné, que leva o nome de seu último disco e termina em Novembro, vendeu mais de dois milhões de bilhetes e ainda teve espaço para algumas surpresas, como a interpretação na íntegra do disco "Born To Run" (1975) no concerto do último domingo, em Chicago (EUA), sempre ao lado da inseparável E Street Band.

Se o "Boss" sonhava em ser jogador de basebol quando era pequeno, ele encontrou posteriormente outra maneira de levar multidões aos estádios. A essência de Springsteen está no palco, onde esbanja energia, sentimento e espectáculo.

"Vamos fazer este estádio vir abaixo!", gritou no seu mais recente concerto em Los Angeles. "Mas também vamos construir. Vamos eliminar o medo e construir sobre o amor. Tirar a tristeza e construir sobre a felicidade. Erradicar a dúvida e construir sobre a fé", disse o músico.

Springsteen definitivamente é uma grande estrela do rock, mas não corresponde ao tipo de celebridade transformada pela riqueza, pela fama e pelo dinheiro, como foi o caso de seu ídolo, Elvis Presley.

"A música salvou-me", disse à revista "Time" em 1975. "Se não tivesse encontrado a música, não sei o que teria feito. Nunca foi um hobby para mim, sempre foi uma razão para viver", afirmou Springsteen.

A sua extensa trajectória, que começou em 1973, inclui 16 discos de estúdio. Muitos deles têm a participação de sua esposa, Patti Scialfa, menbro integrante da E Street Band, com quem se casou em 1991 e tem três filhos.

Este foi o segundo casamento de Springsteen, que se divorciou da modelo Julianne Phillips em 1988.

O sucesso chegou para o "Boss" com "Born to Run", o seu terceiro disco, que contém hits como a faixa-título e "Tenth Avenue Freeze-Out".

Outros de seus trabalhos de destaque são "The River" (1980), "Tunnel of Love" (1987) e "Devils & Dust" (2005), o antepenúltimo álbum deste artista vencedor de prémios Grammy, Emmy e Globo de Ouro graças a músicas como "Dancing in the Dark", "Code of Silence" e "Radio Nowhere".

Em Dezembro, Springsteen será homenageado pelo Kennedy Center de Washington "por ter contribuído significativamente para vida cultural" dos EUA e do mundo.

Ao contrário de outras celebridades que sucumbiram ao sucesso ou estiveram à beira do abismo, "The Boss" não está em nenhum dos dois extremos; simplesmente escolheu viver no topo.

Nenhum comentário: