segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Van Zeller - Super-Palhaço

Francisco Van Zeller argumenta que muitas empresas em Portugal dependem da mão de obra barata para continuarem a vender para o estrangeiro.

Os salários baixos são necessários para 25% das nossas exportações e nós não podemos perder 25% das nossas exportações (…) Temos que olhar para isso com atenção”, afirma.

E se a taxa de inflação - que se encontra em queda - serve para fazer aumentos, então também deveria ser argumento para não subir os ordenados, sustenta Van Zeller.

Nesta entrevista à Renascença e ao jornal Público, o presidente da CIP considera que a legislação nacional dificulta o aproveitamento de novos talentos e apela a alterações no Código do Laboral.

“O sistema laboral não ajuda à preservação dos talentos nem à contratação. Se nós somos obrigados a manter pessoas que não estão interessadas em trabalhar, porque acham que já deviam ir para a reforma com 63, 64 e 65 anos… não os podemos dispensar para contratar mais novos. Mesmo que fosse no equilíbrio de um para um, não podemos, a lei não permite”, lamenta.

“Gastamos muito dinheiro a formar pessoal e depois não os aproveitamos, porque temos os lugares ocupados com pessoas que já não lhes apetece trabalhar”, sublinha Van Zeller.

Sobre o estado da economia, o presidente da CIP diz que o “grande problema” é o endividamento do país e considera que durante o período eleitoral o país ficou “adormecido, enquanto a situação se agravava.

“As dificuldades crescentes que trouxeram a crise começaram a levar o Governo a negar, praticamente, todas as nossas propostas, porque eles próprios têm pouca flexibilidade, ao mesmo tempo que a esquerda e os sindicatos, também por causa das dificuldades do desemprego, começaram a influenciar cada vez mais fortemente o Governo, de modo que nós, se calhar, vamos mesmo ter de entrar agora numa posição de maior conflito”, avisa o presidente da CIP.

Em relação ao actual cenário de um Governo minoritário do PS , Van Zeller diz a estabilidade política também é importante para os negócios e sustenta que a solução ideal seria um “bloco central” ou um acordo parlamentar entre os dois maiores partidos.

A UGT considera lamentáveis declarações do presidente da CIP, que defende congelamento do salário mínimo nacional no ano que vem.

Para o secretário-geral da central, João Proença, as declarações de Van Zeller são em defesa, apenas, dos empresários e afirma que é uma má solução apostar nos ordenados baixos.

PS: Ó xôr Van Zela a loja do chinês aqui da praceta está à procura de um colaborador, quer que lhe dê o nº de telemóvel?!

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